Microfisioterapia é uma alternativa para tratamentos sem medicação em crianças
- Editora Sucesso
- 22 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Remédios em excesso podem desencadear problemas físicos e emocionais nos pequenos
Em 2015, o Ministério da Saúde publicou recomendações para restringir o uso de metilfenidato (ritalina) para crianças e adolescentes. A medida se deu após a observação do intenso aumento no consumo do medicamento, mais de 775% nos últimos 10 anos até então. Mas, não é desta década que remédios estão em pauta com foco no público infantil. Nos anos 70 e 80, a televisão mostrava diversos comerciais, como o do remédio que ardia muito ao ser passado no machucado, mas também que o fazia secar rapidamente. Já em 1980, era a vez daquele fortificante e estimulante de apetite, que prometia estimular as crianças que não comiam, por exemplo.

Esses são exemplos entre tantos do excesso do uso de remédios que as crianças vêm sendo submetidas no Brasil. Por outro lado, também cresce a procura por tratamentos não medicamentosos. Como é o caso da microfisioterapia, uma vertente da fisioterapia surgida na França em 1983, que ajuda no tratamento de doenças e sintomas e não causa efeitos secundários, não agride o organismo e ainda trabalha aspectos do equilíbrio físico, mental e emocional.
A grande problemática é que a atual cultura da medicalização vem transmitindo para diversos brasileiros a falsa ideia que um comprimido resolve os problemas da vida. Uma situação que coloca em risco não só a saúde física, em decorrer dos efeitos colaterais a longo prazo, mas também no fator emocional, uma vez que a solução de problemas pelo pensar, pelo agir, pelo diálogo, pelo afeto e pelo autoconhecimento é desestimulada.
Segundo a especialista na técnica, Dra. Juliana Denardi, o procedimento é indicado para crianças com problemas escolares, déficit de atenção, hiperatividade, ansiedade, distúrbios de sono, fobias, alergias, entre outros. “ O tratamento proporciona melhoras não só em dores físicas, mas também no emocional das crianças e em seus sistemas imunológicos. ”
A fisioterapeuta ainda acrescenta que o procedimento é indicado para todas as idades, inclusive em recém-nascidos e que sua especialidade não anula a necessidade de outros especialistas. “É preciso avaliar cada caso e a individualidade de cada paciente. Só um esforço em conjunto com diversas áreas é capaz de achar a melhor solução” afirma.
SOBRE A MICROFISIOTERAPIA
A microfisioterapia, é um método de terapia manual que surgiu na França em 1983 e tem despertado a atenção das pessoas que buscam curar e prevenir doenças e sintomas sem a utilização de medicamentos. Os toques na pele fazem com que corpo diferencie os traumas vividos, seja de ordem física ou emocional. A técnica parte do pressuposto de que isso é possível porque nosso organismo tem uma memória própria, que é construída através de micromovimentos dos nossos órgãos e células. Uma sessão dura uma hora, em média. O intervalo entre elas é de 30 a 60 dias. Segundo Denardi, sejam os bloqueios de origem tóxica, traumática ou emocional, elas acabam gerando desequilíbrios no corpo que causam os sintomas que chamamos de doenças ou fragilidades nos órgãos que virão a desencadear isso.
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