Para que serve o papanicolau?
- Editora Sucesso
- 15 de abr. de 2019
- 2 min de leitura

Papanicolau ou preventivo é um exame rotineiro, mas muitas mulheres não sabem exatamente sua função e confundem as indicações do exame
A colpocitologia oncótica, nome formal para o conhecido Papanicolau ou preventivo, é um exame rotineiro para a maioria das mulheres. Entretanto, muitas não sabem exatamente sua função e confundem as indicações do exame. “A função do papanicolau é prevenir o câncer de colo do útero, rastreando precocemente as lesões causadas pelo HPV, que podem evoluir para o câncer se não tratadas”, explica a ginecologista e obstetra paulistana Helena Proni. A especialista é também mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

O principal item a ser observado é a avaliação das células colhidas, observando se há atipi”as ou sinais de malignidade. Além da descrição das células do colo do útero, o exame também traz informações sobre a flora vaginal, condição hormonal e presença de inflamação, o que confunde muitas pacientes sobre sua indicação nos corrimentos vaginais. O exame de Papanicolau não é bom para pesquisar bactérias ou fungos (há muita falha). Para isso, existem outros exames, como a bacterioscopia e culturas específicas para determinados agentes, além da detecção das partículas de vírus e bactérias pela técnica de PCR e captura híbrida.
E quem deve colher o papanicolau? “De acordo com o ministério da saúde, mulheres entre 25 e 64 anos que já iniciaram vida sexual, com intervalo de 3 anos entre as coletas. Na prática clínica muitas vezes realizamos o exame anual e estendemos a coleta para mulheres maiores de 65 anos, conforme a avaliação do médico”, esclarece. Entretanto, o papanicolau deve ser evitado em meninas menores de 25 anos (ou menores de 21 anos, segundo algumas sociedades internacionais), pois a ocorrência de câncer de colo nesta faixa etária é extremamente rara, e as lesões do HPV extremamente comuns, gerando ansiedade e procedimentos desnecessários e danosos em alterações que se resolveriam sozinhas. Exceção se faz nas imunodeficientes, que devem iniciar a coleta assim que iniciada a vida sexual.
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